Visão Cromática Humana
Na retina, mais precisamente na área chamada fóvea
central, existem milhões de células fotossensíveis capazes de
transformar a luz em impulsos eletroquímicos. São os cones
e os bastonetes.
Os bastonetes
não possuem nenhuma informação cromática, sendo responsáveis apenas pelas
informações de intensidade luminosa dos objetos, não distinguindo diferenças
finas entre forma e cor. Já os cones
são capazes de fornecer imagens mais nítidas e detalhadas, proporcionando as
impressões de cor. Existem três tipos de cones e cada um é responsável pela
informação de um matiz diferente: vermelho, verde
ou azul. É a interação dos cones e dos bastonetes
que o ser humano é capaz de perceber todo o espectro cromático.
O olho sofre uma acomodação toda vez que tenta
visualizar uma área de cor diferente, já que cada onda de cor converge
para pontos diferentes da retina
Por isso é necessário que o cristalino sofra pequenas alterações, através de pequenos músculos, para focalizar corretamente a imagem do objeto visualizado, ficando mais convexo ao focalizar os tons vermelhos e mais relaxado ao focar os azuis.
Por isso é necessário que o cristalino sofra pequenas alterações, através de pequenos músculos, para focalizar corretamente a imagem do objeto visualizado, ficando mais convexo ao focalizar os tons vermelhos e mais relaxado ao focar os azuis.
Existe, também, um mecanismo fisiológico capaz de
equilibrar as cores devido a um forte estimulo visual. Ao interromper o
movimento dos olhos, a sensibilidade dos cones é reduzida, criando as chamadas
“pós-imagens”, onde uma cor é equilibrada com sua
complementar. Observe a figura abaixo durante 30 segundos e desloque o olho
para a parte branca. Você verá a formação de suas complementares.
A Teoria de Gestalt
A Teoria da Gestalt estuda a percepção e a sensação do movimento, os
processos psicológicos envolvidos diante de um estímulo e como este é percebido
pelo sujeito. A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e
coesas da história da Psicologia. Seus articuladores se preocuparam em
construir não só uma teoria consistente, mas também uma base metodológica
forte, que garantisse a consistência teórica.
Percepção Visual
Percepção visual, no sentido da psicologia e das ciências cognitivas
é uma de várias formas de percepção associadas aos sentidos. É o produto final
da visão consistindo na habilidade de detectar a luz e interpretar (ver)
as consequências do estímulo luminoso, do ponto de vista estético e lógico.
Na estética, entende-se por percepção visual um conhecimento teórico,
descritivo, relacionado à forma e suas expressões sensoriais.
Artes Visuais (função e mensagem)
A área da Arte Visual é extremamente ampla. Abrange qualquer forma de
representação visual, ou seja, cor e forma. Outras formas visuais dramáticas costumam
ser incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não
existir fronteira rígida. É o caso da arte corporal e da arte interactiva ou
mesmo do Cinema e do Vídeo-arte, inter alia.
As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de
apreciação costumam ser chamadas de artes visuais. Consideram-se artes
visuais as seguintes: pintura, desenho, gravura, fotografia e cinema. Além
dessas, são consideradas ainda como artes visuais: a escultura, a instalação, a
arquitetura, a novela, o web design, a moda, a decoração e o paisagismo.
Anatomia da mensagem visual
Recebemos mensagens visuais e expressamos, em três níveis:
O simbólico: O vasto universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribui significados.
Todos esses níveis de resgate de informações são interligados e se sobrepõem, mas é possível estabelecer distinções suficientes entre eles, de tal modo que possam ser analisados tanto em termos de seu valor como táctica potencial para a criação de mensagens quanto em termos de sua qualidade no processo de visão.
Elementos básicos da Comunicação Visual
Comunicação Visual é todo meio de comunicação expresso como a utilização de componentes visuais, como: signos, imagens, desenhos, gráficos,
ou seja, tudo que pode ser visto. O termo comunicação visual é bastante
abrangente e não precisa ser limitado a uma única área de estudo ou atuação, embora o termo possa ter o mesmo sentido de design visual.
Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, e seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento.
Por poucos que sejam, são a matéria-prima de toda a informação visual em
termos de opções e combinações seletivas. A estrutura da obra visual é a
força que determina quais elementos visuais estão presentes, e com qual
ênfase essa presença ocorre.
Dois
pontos são instrumentos úteis para medir o espaço no meio ambiente ou
no desenvolvimento de qualquer tipo de projeto visual. Aprendemos cedo a
utilizar o ponto como sistema de notação ideal, junto com a régua e
outros instrumentos de medição, como o compasso.
Quando
os pontos estão tão próximos entre si que se torna impossível
identificá-los individualmente, aumenta a sensação de direcção, e a
cadeia de pontos se transforma em outro elemento visual distintivo: a Linha.
Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da
forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero.
Todas as formas básicas expressam três direcções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva.
A cor é
um fenómeno óptico provocado pela acção de um feixe de fotos sobre
células especializadas da retina, que transmitem através de informação
pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor tem maiores afinidades com as emoções. A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas.
~ Matiz ou croma, é a cor em si, e existe em número superior a cem.
~ Saturação, que é a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza.
~ Luminosidade ou acromática, é o brilho relativo, do claro ao escuro, das gradações tonais ou de valor.
A textura é o elemento visual que com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato.
Todos
os elementos visuais são capazes de se modificar e se definir uns aos
outros. O processo constitui, em si, o elemento daquilo que chamamos de escala. No campo visual, seria a relação de dimensões entre duas ou mais formas.
A representação da dimensão
em formatos visuais bidimensionais também depende da ilusão. A dimensão
existe no mundo real. Porém reforçamos a ilusão no campo visual ao
desenharmos, pintarmos etc. O principal artifício para simulá-la é a
convenção técnica da perspectiva.
É
a trajectória de um plano em movimento que se torna um volume.
Tem uma
posição no espaço que é limitado por planos. Pode ser físico ou pode ser
criado por meios de artifícios, como na pintura, no desenho e na
ilustração sobre uma superfície plana. A qualidade visual é a mesma, em ambos os casos.
É
a trajectória de uma linha em movimento (ou em outra que não seja na
sua direcção) se torna um plano.
Como elemento visual, têm comprimento e
largura, posição e direcção e é limitado por linhas.
A luz rodeia as coisas,
reflecte-se nas superfícies brilhantes, incide sobre objectos que já
possuem uma claridade ou obscuridade, o tom.
As variações de luz, ou seja, os
tons, fazem-nos distinguir o nos rodeia. O tom é um dos melhores
instrumentos de que se dispõe para indicar e expressar a
tridimensionalidade dos objectos.
O
positivo é uma parte da imagem onde se consegue visualizar a figura. E o
negativo é o que chamamos de fundo é a parte da imagem onde não
conseguimos visualizar a figura.
A composição dinâmica
é quando os principais elementos visuais se encontram organizados
segundo linhas oblíquas, nomeadamente referenciadas ás diagonais do
campo.
A composição Estática os
elementos visuais no campo organizam-se sempre segundo uma
dada direcção. A composição é estática quando os elementos dominantes se
encontram organizados sobre eixos horizontais ou verticais.
Vemos movimento numa imagem quando está presente no mínimo um dos seguintes aspectos: rotação; translação; direcção e repetição.
As
cores como são diferentes umas das outras atraem o nosso olhar pelo
tipo de contrastes que produzem.
Por exemplo uma rosa branca num jardim
verde vai mostrar diferença, ou seja, logo, existe contraste entre o
branco e o verde.
A proporção é uma maneira de dividirmos o espaço e distribuir-mos os elementos visuais.
Equilíbrio Simétrico é o que produz na imagem sensação de paz, calma e estabilidade.
Equilíbrio Assimétrico é
caracterizado pela distribuição de objectos com "pesos" visuais
diferentes, produzindo informalidade e tensão na composição. Ambos
mostram diferentes vantagens e propostas, logo não existe equilíbrio.
O ritmo é
aquilo que se move, é um movimento regulado que está ligado ao tempo e
percepção, e é o modo de organizar as estruturas repetidas na
composição.
A intensidade é
o brilho da cor. Um matiz de intensidade alta, é vivido e saturado. Já
um matiz de intensidade baixa, tem as características de cores baixas e o
"pastel". Ex: O violeta é de intensidade baixa e o amarelo tem
intensidade alta.
Introdução ao Alfabeto Visual
Alfabeto visual
Todas as linguagens têm um sistema próprio de organização.
Linguagem visual = código = elementos que servem para formar as suas mensagens.
Mensagens
Compreendemos
e usufruímos melhor quando conhecemos os elementos que a constituem,
as estratégias que o autor utilizou, o funcionamento dos recursos sobre
nossa sensibilidade
Signo, marca, sinal
Marcas: Pés na areia = marcas involuntárias (signos)
Marcas voluntárias: ocorre quando temos a intenção de transmitirmos ideias.
Marcas = signo = forma associada a uma ideia. Pelos signos nós comunicamos uns com os outros e transmitimos mensagens.
Signos no quotidiano
Marcas
no caderno para chamar a atenção para pontos importantes, desenhos em
gesso, marca em cimento fresco, códigos secretos de comunicação, etc.
Sinais voluntários
Não
espontâneos. Servem para comunicar ideias, de acordo com superfícies e
instrumentos (lápis, giz, etc. Produzem marcas gráficas).
A intenção de conhecer, perceber melhor para utilizar nas nossas mensagens visuais.
Sem comentários:
Enviar um comentário