Mod.2 - Desenho e Percepção Visual.

Visão Cromática Humana


 Na retina, mais precisamente na área chamada fóvea central, existem milhões de células fotossensíveis capazes de transformar a luz em impulsos eletroquímicos. São os cones e os bastonetes.
 
Os bastonetes não possuem nenhuma informação cromática, sendo responsáveis apenas pelas informações de intensidade luminosa dos objetos, não distinguindo diferenças finas entre forma e cor. Já os cones são capazes de fornecer imagens mais nítidas e detalhadas, proporcionando as impressões de cor. Existem três tipos de cones e cada um é responsável pela informação de um matiz diferente: vermelho, verde ou azul. É a interação dos cones e dos bastonetes que o ser humano é capaz de perceber todo o espectro cromático.
 
O olho sofre uma acomodação toda vez que tenta visualizar uma  área de cor diferente, já que cada onda de cor converge para pontos diferentes da retina
Por isso é necessário que o cristalino sofra pequenas alterações, através de pequenos músculos, para focalizar corretamente a imagem do objeto visualizado, ficando mais convexo ao focalizar os tons vermelhos e mais relaxado ao focar os azuis.
 
Existe, também, um mecanismo fisiológico capaz de equilibrar as cores devido a um forte estimulo visual. Ao interromper o movimento dos olhos, a sensibilidade dos cones é reduzida, criando as chamadas “pós-imagens”, onde uma cor é equilibrada com sua complementar. Observe a figura abaixo durante 30 segundos e desloque o olho para a parte branca. Você verá a formação de suas complementares.

A Teoria de Gestalt




A Teoria da Gestalt estuda a percepção e a sensação do movimento, os processos psicológicos envolvidos diante de um estímulo e como este é percebido pelo sujeito. A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. Seus articuladores se preocuparam em construir não só uma teoria consistente, mas também uma base metodológica forte, que garantisse a consistência teórica.


Percepção Visual




Percepção visual, no sentido da psicologia e das ciências cognitivas é uma de várias formas de percepção associadas aos sentidos. É o produto final da visão consistindo na habilidade de detectar a luz e interpretar (ver) as consequências do estímulo luminoso, do ponto de vista estético e lógico. Na estética, entende-se por percepção visual um conhecimento teórico, descritivo, relacionado à forma e suas expressões sensoriais.


Artes Visuais (função e mensagem)


A área da Arte Visual é extremamente ampla. Abrange qualquer forma de representação visual, ou seja, cor e forma. Outras formas visuais dramáticas costumam ser incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não existir fronteira rígida. É o caso da arte corporal e da arte interactiva ou mesmo do Cinema e do Vídeo-arte, inter alia.
As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação costumam ser chamadas de artes visuais. Consideram-se artes visuais as seguintes: pintura, desenho, gravura, fotografia e cinema. Além dessas, são consideradas ainda como artes visuais: a escultura, a instalação, a arquitetura, a novela, o web design, a moda, a decoração e o paisagismo.


Anatomia da mensagem visual


Recebemos mensagens visuais e expressamos, em três níveis:

O abstracto: É um facto visual reduzido a seus componentes visuais, básicos e elementares, destacar os meios mais directos, emocionais e mesmo primitivos da criação da mensagem.

O simbólico:
O vasto universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribui significados.

Representacional: É o que vemos e identificamos com base no meio ambiente e na experiência.


 

Todos esses níveis de resgate de informações são interligados e se sobrepõem, mas é possível estabelecer distinções suficientes entre eles, de tal modo que possam ser analisados tanto em termos de seu valor como táctica potencial para a criação de mensagens quanto em termos de sua qualidade no processo de visão.



Elementos básicos da Comunicação Visual

Comunicação Visual é todo meio de comunicação expresso como a utilização de componentes visuais, como: signos, imagens, desenhos, gráficos, ou seja, tudo que pode ser visto. O termo comunicação visual é bastante abrangente e não precisa ser limitado a uma única área de estudo ou atuação, embora o termo possa ter o mesmo sentido de design visual.


Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, e seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. Por poucos que sejam, são a matéria-prima de toda a informação visual em termos de opções e combinações seletivas. A estrutura da obra visual é a força que determina quais elementos visuais estão presentes, e com qual ênfase essa presença ocorre.


O Ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e mínima. 

  
Dois pontos são instrumentos úteis para medir o espaço no meio ambiente ou no desenvolvimento de qualquer tipo de projeto visual. Aprendemos cedo a utilizar o ponto como sistema de notação ideal, junto com a régua e outros instrumentos de medição, como o compasso.

Quando os pontos estão tão próximos entre si que se torna impossível identificá-los individualmente, aumenta a sensação de direcção, e a cadeia de pontos se transforma em outro elemento visual distintivo: a Linha.



A linha descreve uma forma



Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero.



Todas as formas básicas expressam três direcções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva.

A cor é um fenómeno óptico provocado pela acção de um feixe de fotos sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor tem maiores afinidades com as emoções. A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas.



~ Matiz ou croma, é a cor em si, e existe em número superior a cem.

~ Saturação, que é a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza.

~ Luminosidade ou acromática, é o brilho relativo, do claro ao escuro, das gradações tonais ou de valor.


A textura é o elemento visual que com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato.




Todos os elementos visuais são capazes de se modificar e se definir uns aos outros. O processo constitui, em si, o elemento daquilo que chamamos de escala. No campo visual, seria a relação de dimensões entre duas ou mais formas.


A representação da dimensão em formatos visuais bidimensionais também depende da ilusão. A dimensão existe no mundo real. Porém reforçamos a ilusão no campo visual ao desenharmos, pintarmos etc. O principal artifício para simulá-la é a convenção técnica da perspectiva.
É a trajectória de um plano em movimento que se torna um volume. 
Tem uma posição no espaço que é limitado por planos. Pode ser físico ou pode ser criado por meios de artifícios, como na pintura, no desenho e na ilustração sobre uma superfície plana. A qualidade visual é a mesma, em ambos os casos.



É a trajectória de uma linha em movimento (ou em outra que não seja na sua direcção) se torna um plano. 

Como elemento visual, têm comprimento e largura, posição e direcção e é limitado por linhas.







A luz rodeia as coisas, reflecte-se nas superfícies brilhantes, incide sobre objectos que já possuem uma claridade ou obscuridade, o tom. 



As variações de luz, ou seja, os tons, fazem-nos distinguir o nos rodeia. O tom é um dos melhores instrumentos de que se dispõe para indicar e expressar a tridimensionalidade dos objectos.



O positivo é uma parte da imagem onde se consegue visualizar a figura. E o negativo é o que chamamos de fundo é a parte da imagem onde não conseguimos visualizar a figura.






A composição dinâmica é quando os principais elementos visuais se encontram organizados segundo linhas oblíquas, nomeadamente referenciadas ás diagonais do campo.




A composição Estática os elementos visuais no campo organizam-se sempre segundo uma dada direcção. A composição é estática quando os elementos dominantes se encontram organizados sobre eixos horizontais ou verticais.





Vemos movimento numa imagem quando está presente no mínimo um dos seguintes aspectos: rotação; translação; direcção e repetição.




As cores como são diferentes umas das outras atraem o nosso olhar pelo tipo de contrastes que produzem. 



Por exemplo uma rosa branca num jardim verde vai mostrar diferença, ou seja, logo, existe contraste entre o branco e o verde.



A proporção é uma maneira de dividirmos o espaço e distribuir-mos os elementos visuais.





Equilíbrio Simétrico é o que produz na imagem sensação de paz, calma e estabilidade.







Equilíbrio Assimétrico é caracterizado pela distribuição de objectos com "pesos" visuais diferentes, produzindo informalidade e tensão na composição. Ambos mostram diferentes vantagens e propostas, logo não existe equilíbrio.






O ritmo é aquilo que se move, é um movimento regulado que está ligado ao tempo e percepção, e é o modo de organizar as estruturas repetidas na composição.






A intensidade é o brilho da cor. Um matiz de intensidade alta, é vivido e saturado. Já um matiz de intensidade baixa, tem as características de cores baixas e o "pastel". Ex: O violeta é de intensidade baixa e o amarelo tem intensidade alta.
 



Introdução ao Alfabeto Visual






Alfabeto visual
 
Todas as linguagens têm um sistema próprio de organização.
Linguagem visual = código = elementos que servem para formar as suas mensagens.

Mensagens

Compreendemos e usufruímos melhor quando conhecemos os elementos que a constituem, as estratégias que o autor utilizou, o funcionamento dos recursos sobre nossa sensibilidade

Signo, marca, sinal
 
Marcas: Pés na areia = marcas involuntárias (signos)
Marcas voluntárias: ocorre quando temos a intenção de transmitirmos ideias.
Marcas = signo = forma associada a uma ideia. Pelos signos nós comunicamos uns com os outros e transmitimos mensagens.

Signos no quotidiano

Marcas no caderno para chamar a atenção para pontos importantes, desenhos em gesso, marca em cimento fresco, códigos secretos de comunicação, etc.

Sinais voluntários

Não espontâneos. Servem para comunicar ideias, de acordo com superfícies e instrumentos (lápis, giz, etc. Produzem marcas gráficas).
A intenção de conhecer, perceber melhor para utilizar nas nossas mensagens visuais.

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