O
modernismo - De Toufouse Làutrec à Bauhaus.
O movimento moderno baseou-se na ideia de que
as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design,
organização social e da vida quotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se
fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura.
Chama-se genericamente modernismo (ou movimento
modernista) o conjunto de movimentos
culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX.
Design e comunicação - novo cenário urbano séc XIX e XX.
Design
Denomina-se design qualquer processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefacto. Esse processo normalmente é orientado por uma intenção ou objectivo, ou para a solução de um problema. Design é também a profissão que projecta os artefactos.
Comunicação
Comunicação é um campo de conhecimento
académico que estuda os processos de comunicação humana. Entre as
sub-disciplinas da comunicação, incluem-se a teoria da informação, comunicação inter-pessoal,
comunicação interpessoal, marketing, propaganda, públicas, análise,
telecomunicações e jornalismo. Também se entende a comunicação como o
intercâmbio de informação entre sujeitos ou objectos.
A industralização e organização industrial do séc XVIII e XIX, o movimento das Arts and Crafts.
Arts and Crafts é um movimento estético e
social inglês, da segunda metade do século XIX, que defende o artesanato
criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa. Reunindo
teóricos e artistas, o movimento busca revalorizar o trabalho manual e recupera
a dimensão estética dos objectos produzidos industrialmente para uso
quotidiano.
O cinema expressionista alemão.
O expressionismo alemão foi um estilo
cinematográfico cujo auge se deu na década de 1920, que caracterizou-se pela
distorção de cenários e personagens, dos recursos de
fotografia e de outros mecanismos, com o objetivo de expressar a maneira como
os realizadores viam o mundo.
O Cinema Americano e as novas narrativas (Griffith e Porter).
Edwin Stanton Porter
Foi um cineasta norte-americano do final do século
XIX e início do século XX, um dos pioneiros do cinema. Ficou famoso por dirigir
vários filmes para o Edison Studios, de Thomas Edison. Fundindo o estilo documentalista dos Irmãos Lumiére
e as fantasias teatrais de Georges Méliès, Porter desenvolve, em 1902, os
princípios da narrativa e da montagem.
Foi o primeiro grande clássico do
cinema americano que inaugura o género Western
e marca o início da Indústria Cinematográfica.
David Llewelyn Wark Griffith
É mais conhecido pelo seu
controverso filme "O nascimento de uma nação".
A sua nova empresa tornou-se um
parceiro autónomo de produção na Triangle Pictures Corporation com os Keyston
Studios e Thomas Ince. Através do David W. Griffith Corp, ele produziu "O
nascimento de uma nação" (1915).
Griffith fez apenas dois filmes
com som, Abrham Linclon (1930) e The Struggle (1931). Nenhum foi bem sucedido e ele nunca mais fez filmes.
Embora não tenha tido grande sucesso Griffith foi considerado o pai da
gramática cinematográfico.
Pathé e Gaumont, a indústria cinematográfica.
Gaumont Film Company é uma companhia
francesa de produção cinematográfica, fundada em 1895 pelo engenheiro e inventor Léon Gaumont. Esta é a companhia mais antiga do mundo ainda em
actividade, actualmente lidando com aparelhos fotográficos, em 1897 produziu-se
pequenos filmes para promover a sua câmara de projecção. Começou a produzir curtas-metragens em 1897 para promover a sua marca
de câmera-projetor. A empresa fabricou o seu próprio equipamento e filmes
produzidos em massa até 1907.
Edison e o princípio do cinema sonoro.
"O génio consiste em um por cento
de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração."
Thomas Alva Edison (in Revista
Harper's, Setembro de 1932)
Thomas Alva Edison foi um inventor e empresário. O cinema sonoro nunca foi
na sua totalidade silencioso, devido aos filmes serem acompanhados com músicas
de piano ou pequenas orquestras. As primeiras experiências de sonorização,
foram feitas por Thomas Edison, em 1889. Durante esse período da sua vida, a surdez de Thomas Edison começou a
tornar-se evidente.
Thomas Edison desenvolveu um grande
interesse por telegrafia e podia ser facilmente encontrado em volta dos
escritórios do telégrafo da localidade. Logo se tornou bastante hábil com os
pontos e traços do Código Morse. O fonógrafo era a descoberta preferida de
Thomas Edison, chamava-a de "máquina de falar".
Sobre trabalho e a genialidade, Thomas
Edison disse o seguinte:
"Não há substituto para o trabalho
duro"
"Génio é 2% inspiração e 98% de
transpiração".
O Cinema Fantástico de Mélies.
George Meliés, foi um ilusionista francês de sucesso e
um dos precursores do cinema, que usava efeitos fotográficos para
criar mundos fantásticos. Méliès, além de ser considerado o "pai dos efeitos especiais",
fez mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da
Europa.
Um dos seus filmes mais conhecidos foi
Le voyage dans la lune - Viagem à lua em 1902, que usou técnicas de dupla
exposição do filme para obter efeitos especiais inovadores para a época.
George Meliés - Viagem a Lua:
Cinema documental.
Um documentário é um género
cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a exploração da
‘’realidade’’. O documentário, assim como o cinema de ficção, é uma
representação parcial e subjectiva da realidade. O filme documentário foi pela
primeira vez teorizado Dziga Vertov (1896-1954), que se desenvolveu o conceito
de «cinema-verdade» defendendo a ideia da fiabilidade do olho de câmara mais
fiel á realidade que o olho humano. O termo documentário é aceito em 1879 pelo
dicionário francês Littré como adjetivo referente a algo «que tem carácter de
documento».
Os irmãos Lumiére e a primeira
projecção pública.
Auguste Marie Louis Nicholas Lumière e Louis Jean
Lumière, nasceram em Besançon, na França (os irmãos Lumière), foram os
inventores do cinematógrafo, sendo frequentemente referidos como os "pais" do
cinema.
Louis e Auguste
era filhos e colaboradores do industrial Lumiére – fotografo e fabricante de
películas fotográficas. São considerados os fundadores da Sétima Arte com
Georges Méliés, também francês, tem sido como o "pai" do cinema de ficção.
Ambos eram engenheiros, e Auguste ocupava-se da gerência da fábrica, ambos
dedicar-se-iam mais tarde á actividade cinematográfica, produzindo alguns
documentários curtos.
A verdadeira divulgação do cinematógrafo, com boa
publicidade e entradas pagas, teve lugar no dia 28 de Dezembro do mesmo ano, em
Paris, no Grand Café, situado no Boulevard des Capucines. O programa incluía
dez filmes. A sessão foi inaugurada com a projecção de La Sortie de l'usine
Lumière à Lyon (A Saída da Fábrica Lumière em Lyon).
The lumiere Brothers primeiro filme 1895:
Muybridge e o advento do início do Cinema (Caleidoscópio e Zootropo).
Muybridge
começou a criar sua reputação em 1867, com fotos do Yosemite National Park e
de São Francisco, California. Muybridge
tornou-se rapidamente famoso por estas fotos, que mostraram a grandiosidade do
oeste, o seu objectivo era ver se era possível registar o movimento dos cavalos em
vários ângulos. As fotografias eram tiradas numa velocidade 1/6000s. As
imagens foram publicadas sob o pseudónimo "Helios."
No verão de 1868,
Muybridge organizou uma comissão para fotografar uma das expedições de exército
dos Estados Unidos ao Alaska. Ele
gastou muitos anos da sua vida viajando como fotógrafo e descobrindo o mundo.
Zootropo:
Caleidoscopio:
George Eastman e a democratização e
industrialização da fotografia com a Kodak.
Maddox e a sua emulsão degelatina com brometo de prata.
A placas secas de gelatina, apesar de
serem cómodas que o Clódio tem como problema ser pesado, frágil e que se perdia
demasiado tempo a substituir a plana na câmara. As novas tentativas visam
substituir o vidro por um suporte leve, frágil e trabalhoso. Alexander Parkes
em 1861 inventou o celulóide. Eastman começou a produzir uma película
emulsionada em rolo, feita com nitrato de celulose muito fina e transparente e
em 1902 já era responsável por 85% da produção mundial.
O processo fotográfico atual, pouco varia
do processo do início do século. Os filmes são comprados em rolos, com base de
celulose e as fotos são reveladas. Por isso atribui-se ao século XIX a invenção
e o aperfeiçoamento da fotografia que usamos hoje em dia. No século XX é
atribuída a evolução das aplicações e controles da fotografia no aparecimento
de fotografias em cores, cinema, televisão, holografia e todos os usos
científicos hoje utilizados.
Maddox e a sua emulsão degelatina com brometo de prata.
Em 1871, um médico e microscopista inglês, Richard Leach
Maddox, publicou no British Journal of Photograph, as suas experiências com uma
emulsão de gelatina e brometo de prata, como substituto para o colódio. A placa
seca de gelatina estabelecia a nova era moderna do novo material fotográfico,
facilitando assim os fotógrafos a deixar de ter necessidade de preparar as suas
placas. Uma película sensível a luz e flexível, era a base de gelatina e o
brometo de prata, que poderia ser usada em placas mais finas e em rolos, o que
causou a revolução.
O instantâneo fotográfico de Archer.
Frederick Scott Archer nasceu em
1813 na Grã-Bretanha, dedicou-se ao princípio das gravuras e da escultura, cedo
se interessa pelo processo fotográfico de Calótipo. E em 1847 começou a
trabalhar, para realizar fotografias dos seus desenhos de gravura. Mais tarde
Fredrick Scott Archer, dá a conhecer seu invento que revoluciona o mundo da
fotografia. O Colódion Úmido que era bem mais rápido que o Daguerreótipo, e com
uma grande vantagem com respeito à exposição, esta era bem mais curta.
ORIGENS DO PROCESSO FOTOGRÁFICO - ASCHER E SUAS PLACAS ÚMIDAS
- Frederick Scott Archer, inventor
do processo colódio úmido 1851.
O processo consistia em:
- Espalhar cuidadosamente o colódio com iodeto de potássio sobre o
vidro, escorrendo o seu excesso, até formar uma superfície uniforme.
- No quarto escuro, com somente uma fraca luz alaranjada, a placa era
submetida a um banho de nitrato de prata.
- A placa era exposta na câmara escura ainda úmida, porque a
sensibilidade diminuía rapidamente à medida que o colódio secava. O tempo médio
de exposição à luz do sol era de 30 segundos.
- Antes que o éter, que se evapora rapidamente secasse, tornando-se
impermeável, revelava-se com ácido pirogálico ou com sulfato ferroso.
- Era feita com tiossulfato de sódio ou com cianeto de
potássio (venenoso) para finalmente lavar bem o negativo.
Legenda: Fotografía tomada por Frederick Scott Archer - Torre da corte de Caesar, vista interna, 1850, Frederick Scott Archer.
A
evolução da técnica de registo (Daguerre e Talbot) em paralelo aos formatos de câmaras
e metodologias de laboratório.
A primeira fotografia reconhecida
é uma imagem produzida em 1826 pelo francês,
Nicéphore Niépce. Niépce chamou o processo de ‘’hielografia’’, gravura
com a luz do sol, outro francês, chamado Daguerre produzia com a camara escura,
efeitos visuais num espectáculo ‘’dominado por ‘’Diorama’’. Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio
que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi
denominado por Daguerreótipos, que deu origem a especulação sobre o ‘’fim da
pintura’’, inspirando o Impressionismo.
O Britanico William Fox Tallbot já
efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos
avanços de Daguerre, em 1839. Talbot desenvolveu um diferente processo
denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que
posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem
positiva. Este processo tem a semelhanças do processo fotográfico em uso hoje
em dia.
Niépce e a primeira "heliografia" inalterável da história.
Joseph Nicéphore Niépce foi um inventor francês responsável por
uma das primeiras fotografias. Niépce começou as suas primeiras experiências
fotográficas em 1793, mas as suas imagens desapareciam rapidamente. O processo
de experiências avançou e mais tarde Niépce obteve imagens que demoraram a
desaparecer, em 1824, e o primeiro exemplo ainda existente de uma imagem
permanente tirada, em 1826 (imagem 10). A esse processo deu-lhe o nome de heliografia e
chegava a demorar cerca de oito horas
a gravar uma imagem apenas.
imagem10
A Lanterna Mágica
A
lanterna mágica é um teatro não-verbal estabelecido em praga, república checa,
cujas origens vêm da Expo’58 de Bruxelas. As performances combinam dança,
cinema e teatro. A Lanterna mágica é considerada um ponto-chave no
desenvolvimento do moderno teatro Checo. Nos palcos existe uma parede com uma
tela que se estende desde o piso ao tecto do cenário, atrás da qual por exemplo
um ator patina de um lado para o outro do palco, contra um fundo
negro. Nessa tela é projectada a acção do ator a patinar, é absolutamente
perfeita a coordenação e o sincronismo (imagem 8). Quando ator patina passa por detrás da
tela e é projectado em perfeita continuidade, estas apresentações artísticas
são compreensíveis para qualquer pessoa, de qualquer nacionalidade, pois são
silenciosas.
imagem 7
imagem 8
O
princípio óptico da "câmara escura".
A
câmara escura é um tipo de aparelho óptico, no qual que esteve na base da
invenção da fotografia no inicio do século XX. Pode consistir numa caixa ou
também numa sala com um orifício (furo) ao canto (imagem5), onde uma luz é projectada de
um lugar externo e segunda a óptica de Euclides pressupõe que a luz viaja em
linha recta e passa pelo orifício que atinge uma superfície interna, onde é
reproduzida a imagem invertida (imagem 6). O princípio da câmara escura já era conhecido
desde a antiguidade, o grego Aristóteles referiu a sua utilização em
observações astronómicas.
imagem 5
As Sombras Chinesas
As chamadas "sombras chinesas" é uma arte antiga,
originária da China (oriente). As sombras chinesas são figuras recortadas á mão
em couro ou outro tipo de material, actualmente é utilizado cartão liso ou
acetato, também podem ser pintadas com cores transparentes. Não são difíceis de
fazer nem de manipular, ou seja, através de uma tela translúcida incide uma
luz, na qual são manejados, mas também podem ter movimento através da
utilização de arames ou fios, criando efeitos de movimento. (imagem 3 e 4)
imagem 3 e 4 - exemplo de sombras chinesas
e os seus efeitos.
A Arte Rupestre
A Arte Rupestre ou gravura
rupestre são termos dados às mais antigas pinturas ou representações
artísticas (imagem 1 e 2).
As mais antigas, são as do
período de Paleolítico Superior (40.000 a.C.), gravadas em abrigos, em pedras e
tectos rochosos, em superfícies ao ar livre ou em lugares como cavernas. Esta
arte preservada por milénios permite-nos que as grutas pré-históricas se
transformassem nos primeiros museus da humanidade.
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